That Hurts! 2.0 - Fic (7 ao 9) Final

| terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Capítulo 07 - Uma semana com Tatsuya.
Oh, céus! Alguém me salve do Tatsuya! Socorro!
Tatsuya definitivamente era um sado. Pude ter a prova real na noite seguinte quando ele começou a usar “brinquedinhos”.

1ª noite
Cheguei a meu apartamento e Tatsuya estava na sala vendo TV. Coloquei minha mochila sobre a mesa e passei na frente dele no intuito de sentar ao seu lado, porém o mesmo puxou-me pelo pulso, fazendo-me cair sentado sobre seu colo, ali mesmo ele me jogou deitado no sofá e segurou fortemente meus pulsos, me fazendo gemer de dor. Com uma mão ele despiu-me habilmente, enquanto que com certa brutalidade beijava meu pescoço e meu peito, fazendo-me gemer novamente. Acabamos transando ali mesmo, já que a cama naquele momento parecia estar bem distante de nós...

2ª noite
Tatsuya esperou eu sair do banheiro e puxou-me até meu quarto, fechando a porta desta da qual ele usou para prensar-me, depois girar-me de costas para ele, ali pude sentir que ele já estava excitado e seu membro já estava enrijecido. Acabei gemendo quando ele roçou sua intimidade em meu quadril e deixou meu corpo colado ao dele. Tatsuya pegou-me no colo e me jogou em cima da cama, despindo-me e, desta vez, algemando-me de verdade na cama, o que acabou surpreendendo-me; não só isso como o modo dele em me provocar e excitar, tocando com seus lábios minha ereção e o local aonde ele iria me penetrar, às vezes alternando com suas mãos, me fazendo implorar para que ele estocasse-me.

3ª noite:
-Nossa. Impressão minha ou Tatsuya agora mora lá e vem nos visitar aqui às vezes? – perguntou Sachiko, estando à mesma, Chiharu e Nowaki na sala vendo TV.
-Ah, melhor acostumar-se. – Nowaki respondeu – Tatsuya agora vai virar turista por aqui... – ouviu-se um barulho alto e estridente do tilintar de um chicote vindo do outro lado da parede principal da sala, que dava para o quarto de Minoru. No momento do barulho, Sachiko, Nowaki e Chiharu deram um pulo do sofá por conta do som alto que ecoou pela sala – Céus! Impressão ou isso foi o barulho de um chicote? – perguntou surpreso, porém não teve tempo de receber uma resposta, pois ambos os três tornaram a escutar o som do chicote novamente a tilintar, desta vez mais forte.

4ª noite:
Estava eu desta vez com uma mordaça esférica, ajoelhado de bruços e tendo minhas mãos amarradas atrás de mim. Tatsuya novamente provocava-me com seus hábeis lábios, meu corpo por vez já estava completamente marcado pelo dele, que iam desde pequenas manchas rosadas até a cortes em fase de cicatrização e a marcas de chicoteadas que havia levado noite passada.
Aquilo tudo era demais para mim e, por mais que Tatsuya me fizesse sentir dores, no fim ele sempre buscava cobrir a mesma proporcionando-me um imensurável prazer, sem antes, claro, provocar-me até além de meu limite. Tatsuya colocou-se debaixo de mim e passou a sugar fortemente minha intimidade, arrancando altos gemidos meus dos quais aquela esfera em minha boca não deixavam passar tão altos assim. Ele penetrava-me fortemente com seus dedos, sem deixar de sugar minha ereção enquanto marcava novamente meu corpo com fortes tapas espalmados de suas mãos grandes. Já eu contorcia-me, gemendo sem parar, o que o deixava mais excitado e disposto a torturar-me. Onde, sempre no fim, eu caia exausto na cama, sem precisar de muito para dormir.

5ª noite:
Cheguei da faculdade, porém Tatsuya não estava em meu apartamento. Fui até Chiharu, porém o mesmo respondeu que ele também não estava lá. Pensei em procurá-lo, mas não saberia onde; liguei para a biblioteca, mas ele também não estava lá... Onde ele estava? Acabei indo dormir tarde, esperando ele aparecer; coisa que não aconteceu. Eram 03h00min e eu já havia pegado no sono há um tempo, sentindo falta dele na cama.
Senti algo puxar meus pulsos e manter-me sentado na cama, devido minha sonolência, pensei que aquilo fosse um sonho. Senti algo envolver meus tornozelos e punhos, depois algo confortável tocar meu corpo, pensei ser um travesseiro. Já estava novamente a pegar no sono até ouvir um estalado tilintar de chicote bem próximo a mim, o que me fez despertar assustado e a perceber que eu estava novamente amarrado, desta vez a um conjunto de edredons enrolados, de modo que minhas pernas e braços abraçassem aquilo. Além disso, eu estava despido sem nem ao menos ter percebido quando minhas roupas começaram a serem retiradas.
Olhei para o lado da cama e pude ver Tatsuya com o chicote esticado em suas mãos, a luz do luar iluminava apenas aquele malicioso sorriso nos lábios dele, que me fez ter calafrios diversos, ainda mais ao ouvir aquele chicote tilintar novamente no chão, podendo agora entender que ele amarrou-me de uma forma que minhas costas ficassem expostas para que ele pudesse usufruir como bem entendesse.

-T-tatsuya, o que você pretende c-com esse chicote de novo? – perguntou hesitante, o que fez apenas o sorriso do ruivo aumentar e Minoru engolir seco.

6ª noite:
Cheguei a meu apartamento e encontrei Tatsuya deitado no sofá, trajando apenas uma calça e cochilando tranquilamente. Coloquei minha mochila sobre a mesa e fui tomar banho. Debaixo do chuveiro – e já corrompido por toda a perversão de Tatsuya – recordei da vez em que o escutei dizendo para o irmão que achava excitante aquelas situações em que a pessoa cozinhava vestindo apenas um avental.
Saí do banho com aquilo na cabeça e, depois de muito pensar, resolvi colocar em prática. Fui até a cozinha e peguei meu avental, colocando o mesmo. Pensei em fazer uma calda de chocolate e juntar com morangos. Peguei os morangos e os coloquei sobre a pia, que ficava ao lado do fogão, em seguida comecei a preparar a calda e, quando estava pronta, fez com que seu cheiro se espalhasse pelo apartamento.
Obviamente deixei alguns talheres caírem e provoquei um pouco de barulho para acordar Tatsuya e encarregar o olfato dele de guiá-lo até a cozinha. Sujei um pouco meus dedos com a calda que estava morna e mergulhei um dos morangos na panela, retirando-o em seguida. Tatsuya já havia despertado e estava a dirigir-se até a cozinha quando parou na porta desta e me viu debruçado na pia com o braço esticado na direção dos talheres e um morango preso pelos dentes.
A reação dele foi até cômica... Tatsuya estava com a boca semi-aberta e em sua calça rapidamente formava-se um certo volume. Deixei os talheres de lado, peguei mais um morango e o banhei no chocolate, em seguida caminhei com um morango na mão destra e meio na mão canhota, mastigando a outra metade sem esconder um sorriso satisfeito nos lábios pela reação dele. Parei próximo a Tatsuya e contornei os lábios dele com meus dedos enlambuzados de chocolate, enquanto que com o morango inteiro eu o descia pelo peitoral alvo dele, contornando os músculos do mesmo. Coloquei a outra metade do morango na boca dele e levei meu dedo mediano aos lábios, lambendo-o lentamente.
Tatsuya olhava cada ação minha fixamente, parecendo ter medo de piscar e perder alguma coisa, ele mastigava lentamente o morango, às vezes parecendo até esquecer-se de mastigá-lo.
Desci as alças do avental, deixando meus ombros desnudos no intuito de ousadamente sujá-los com meus dedos. Deixei alguns resquícios de chocolate em meus lábios, o que Tatsuya percebeu e mordiscou seus próprios. Até então ele permanecia parado, observando cada gesto meu, até o momento em que eu o sujei também de chocolate e o limpei usando minha língua. Aquilo para ele já era seu limite para apenas ficar observando e, com suas mãos repletas de luxúria, ele tocou-me de maneira firme e espalmada, arrancando um tímido gemido meu, coisa que deixou Tatsuya mais excitado ainda. O mesmo acariciou meu quadril eu por vez o beijei afobado, envolvendo minhas pernas em sua cintura, saindo do chão. Ele encostou-me na parede e ficou a esfregar sua ereção em minhas coxas enquanto minhas mãos desabotoavam a calça dele.
Por um instante cessei aquele caloroso beijo, Tatsuya tirou o avental amarrado em minha cintura e eu sua calça e cueca. Estando ambos agora despidos, ele começou a distribuir beijos e lambidas em meus ombros e peito, limpando todo o chocolate que eu espalhei ali, deixando um rastro de saliva. Em contra partida, ele começou a estimular-me sobre o tecido do avental, provocando-me; entretanto desta vez eu o interrompi, deixando um Tatsuya surpreso e confuso. Sorrindo, eu apenas respondi àquele semblante.

-Hoje sou eu quem irá torturá-lo... – respondeu ajoelhando-se lentamente.


7ª noite:
Desta vez ele não me amarrou ou algo do tipo, do contrário, deixou-me livre sobre a cama – livre dos objetos, não das torturas – naquele momento até estranhei, pois ele até então não havia utilizado de nenhum “brinquedo” ou realizado nenhuma fantasia sexual... Talvez aquela estivesse sendo uma, para qualquer um é normal, mas vindo de Tatsuya aquilo deveria ser bem diferente. Ele beijava-me calmamente, como se não estivesse com pressa de que aquela noite acabasse – eu também não estava. Distribuía carícias em meu corpo, lentamente descendo-as pelo mesmo. Por alguns instantes ele apenas me estimulava, no intuito de deixar-me excitado.
A princípio permaneci sem entender, mas depois senti algo – que a princípio pensei ser o membro dele – penetrar-me. Mas de imediato constatei que o que me penetrava naquele momento era mais fino do que o membro dele...
Desta vez Tatsuya superou-se. Quando olhei para baixo curioso, tive um pequeno susto: como se não bastasse usar chicotes, amordaças, cordas, algemas além de muita, mais muita tortura; ele resolveu usar nada mais nada menos do que um vibrador... Sim, um vibrador! E, sentindo o vibrador penetrar-me com folga, pude constatar que Tatsuya realmente era um homem “avantajado”, se me entendem...
Ele penetrou todo aquele acessório dentro de mim, sem cessar os estímulos que aplicava sobre minha intimidade e, se antes eu sentia prazer com aquilo, passei a sentir mais ainda quando ele colocou aquele vibrador para funcionar. Em pouco tempo eu já estava contorcendo-me na cama e gemendo sem parar. Tatsuya apenas observava-me enquanto estocava aquilo dentro de mim, eu inconscientemente castigava de maneira severa as costas dele, arranhando-o com minhas unhas – não que fossem grandes, mas tinham tamanho suficiente para arranhá-lo – agora era o corpo de Tatsuya que era marcado por mim, não o contrário, como costuma ser. Ele apenas sorria, tendo o semblante satisfeito no que via o meu de prazer, mais ainda quando cheguei a meu ápice, e pude notar que Tatsuya havia feito aquilo unicamente para me proporcionar prazer, independente se ele fosse ou não ter o mesmo...
Quando senti meu corpo relaxar devido ao orgasmo, tive ambas as mãos apertando os largos ombros dele e a respiração descompassada, Tatsuya por vez beijou meu pescoço seguido de meus lábios. Iria retribuir o que ele me fez, mas o mesmo recusou-se, apenas deitando ao meu lado e abraçando-me.


Capítulo 08 - Maldito Orgulho.
Todas as noites seguiram-se assim: repletas de luxúria, carícias e amor. Mesmo Tatsuya sendo sado, eu passei a gostar daquele jeito agressivo dele na cama, digamos que agora posso assumir-me masoquista, infelizmente...
Porém esse “todas as noites” durou apenas uma semana, até ele contar-me sobre sua origem e que a mesma estava a décadas distante da minha. A princípio pensei que ele estivesse pregando-me uma peça ou algo do tipo, porém ele usou o dia em que ele e seu irmão estavam na varanda e aquele raio de luz passou entre os dois como prova; além de mostrar-me uma arma que ele dizia ser de plasma e algumas coisas que ele trouxe do futuro em sua mala para uso pessoal enquanto passava suas férias na casa de meu vizinho Chiharu, cuja qual durava mais ou menos 3 meses e, ao fim desta, ele deveria voltar para o futuro, pois ele trabalhava como major no exército do governo, assim como sua mãe, que é coronel, e seu irmão que era sub-tenente, mas pediu baixa para poder voltar ao passado e morar com Chiharu, além de ter uma grande e pomposa quantia em dinheiro por conta de seus trabalhos para o governo.
Fiquei um pouco em choque, pois Tatsuya não parecia ser tudo aquilo que ele era. Está certo que ele era sério e centrado, mas às vezes ele tinha alguns acessos de infantilidade e acabava tornando-se igual ao irmão dele. Por fim ele concluiu dizendo que em poucos dias estaria de partida, pois suas férias estavam chegando a seu fim e ele precisaria voltar para seu trabalho junto com sua mãe. Após ouvir tudo aquilo; olhei tristemente para baixo, ele apenas ergueu suavemente meu rosto e olhou-me com um pequeno sorriso nos lábios.

-Eu vou voltar.
-Quando?
-Ano que vem. Pretendo deixar minhas férias do meio de ano acumular para o fim, assim eu poderei ficar mais tempo aqui com você. – Minoru desviou o olhar – Você vai me esperar?
-Você ainda pergunta?
-Se quiser posso fazer igual meu irmão fez para poder ficar com Chiharu... – cortado.
-De maneira alguma! Não quero que você se prejudique por minha causa, se você vai voltar ano que vem, eu acredito em você...
-Prometo voltar o mais rápido possível, ok?
-Por que você não havia me contado isso antes, Tatsuya? – perguntou decepcionado.
-Eh? – deu um passo para trás – Bem, eu achei que você não fosse acreditar já que esta história aparenta ser mirabolante se não apresentar prova alguma... – Tatsuya levou a mão à nuca -... Também não pensei que chegaríamos tão longe com relação a nós dois...
-O quê? – Minoru arregalou os olhos – Você só me viu como uma aventura sua e nada mais?
-Não foi isso o que quis dizer, Minoru, eu pensei que você não fosse querer algo além daquelas primeiras noites.
-Ah! Lógico que eu iria querer! Você foi a primeira pessoa por quem me apaixonei e com quem fiz essas coisas e não necessariamente nessa ordem, mas no fim logicamente eu iria querer ter algo mais além de duas noites desprendidas de compromisso! – respondeu Minoru exaltado e indignado.
-Primeira vez? – Tatsuya repetiu surpreso.
-Sim, primeira vez! Desculpe tê-lo prendido a mim apenas pelo meu pensamento bobo de que você iria permanecer comigo para sempre porque também gostava de mim!

Tatsuya não me respondeu, senti uma pontada forte em meu coração não só por isso, mas também por ele não ter confirmado que também estava apaixonado por mim quando mencionei...

-Quando você vai embora? – perguntou ríspido.
-Daqui a dois dias. – respondeu sério.
-Até lá, por favor, não me procure mais! – soluçou.

Uma coisa que eu odiava nele é que o mesmo sempre me obedecia cegamente, independente do que eu pedisse e daquela vez não foi diferente...
O pior de tudo é que meu estúpido orgulho não me permitia ir atrás dele e acomodava-me pensar que Sachiko-san poderia dar-me outro puxão de orelha como daquela vez o que me serviria como uma dose de coragem para pedir desculpas pela bobagem que eu novamente havia feito...
Mas nada disso aconteceu e os dias foram se passando e eu desesperando-me mais ainda já que não ouvia nem sequer a voz dele. Resolvi ignorar meu orgulho e bater na porta de Chiharu, no intuito de vê-lo, já que aquele seria o dia em que ele iria embora, porém eu não sabia a hora exata de sua partida. Eram 16h30min e eu rezava para que ele ainda estivesse ali para pelo menos pedir desculpas antes de sua ida, pois naquele momento passou a consumir-me a hipótese dele não voltar ano que vem por eu ter feito aquele maldito pedido de que ele não me procurasse mais!

-Tatsuya, você vai embora assim? – perguntou Chiharu.
-O que? Minha roupa está estranha?
-Você sabe muito bem sobre o que ele está falando, irmão. – retrucou Nowaki.
-Ah, sim...
-Ele não vai procurá-lo. Tatsuya pode ser bem sado, mas também é bem submisso, principalmente tratando-se daquele rapaz! – Sachiko intrometeu-se.
-Mãe! – Tatsuya repreendeu-a – Vamos embora logo, no momento eu não posso fazer mais nada e nós dois não podemos mais continuar aqui, nosso trabalho nos aguarda. – Sachiko concordou – Bem, nos vemos ano que vem – Tatsuya despediu-se.
-Até o ano que vem e comportem-se, eu sei que vocês dois não perdem tempo quando estão sozinhos! – Sachiko riu maliciosamente, deixando Chiharu e Nowaki desconcertados antes de partir através de um portal, sem esperar pela resposta de ambos.
-... – Chiharu olhou para Nowaki.
-O que foi? – cruzou os braços – Eu sei me controlar, ok?!
-Aff, não é nada disso, Nowaki... – apertou a bochecha do maior – Eu fico pensando como Tatsuya e Minoru estão se sentindo... Pelo que vi, Tatsuya foi embora bem desiludido já que Minoru não foi procurá-lo...
-Mas na outra vez ele também não foi.
-Mas daquela vez eles ainda estavam começando, agora eles já estão, ou pelo menos estavam num estágio bem mais avançado do que antes...
-É, tenho pena do meu irmão. Depois de tanto tempo ele se apaixona de novo e é nisso que dá...
-Mas por que depois de tanto tempo? – perguntou curioso.
-Depois que Tatsuya foi promovido a major a vida dele ficou totalmente direcionada ao trabalho, no começo ele mal tinha tempo para respirar de tantos afazeres, além do jeito de Tatsuya ser na cama o que espanta as pessoas de perto dele...
-Ainda não consigo imaginá-lo assim, ele parece ser tão calmo e... – Chiharu cortou-se ao ouvir alguém batendo apressadamente na porta.
-Chiharu! Abra a porta, por favor! – Minoru exclamou afobado do outro lado da porta. Chiharu abriu a porta do apartamento e Minoru entrou apressadamente neste – Onde ele está?
-Ele acabou de partir, Minoru, sinto muito. – respondeu Nowaki.

Aquela resposta foi suficiente para me fazer cair de joelhos e depois desfazer-me em puro pranto, onde Chiharu e Nowaki ampararam-me, tentando acalmar-me. O que eu temia há pouco acabou acontecendo: Tatsuya havia partido sem eu ter me desculpado e, o que me assustava mais é que ele poderia não voltar ano que vem por conta daquela minha boba exaltação... O tempo para nós é curto, eu deveria ter aproveitado o máximo possível esses dois dias, mas preferi ficar longe dele com raiva e sendo mandado e guiado pelo meu orgulho.

-Bunko-san, ele vai voltar ano que vem? Eu tenho medo dele não vir por eu ter pedido para não mais o ver!
-Acalme-se, Minoru, mesmo que ele não queira vir, tenho certeza que minha mãe vai obrigá-lo a voltar aqui ano que vem. Fique tranqüilo, ele vai voltar com certeza.
-Eu queria tê-lo encontrado para pedir desculpas, eu sei que é tarde, mas eu só tive consciência disso agora já que até então meu orgulho errôneo me cegava achando que ele fosse bater na porta de meu apartamento e pedir desculpas ou que Sachiko-san fosse me dar outro puxão de orelha, mas nada disso aconteceu e eu desesperei-me mais ainda! – Minoru soluçou, sendo em seguida abraçado por Chiharu.
-Fique calmo, Minoru... – Chiharu olhou para o maior – Nowaki, você não pode fazer contato com ele pela sua arma de plasma?
-Sim, mas ele a levou para consertar já que minha mãe a quebrou.

Eu pensei em voltar para o meu apartamento, mas Chiharu pediu para que eu ficasse ali com eles mais um pouco para acalmar-me, a princípio até pensei que seria uma boa ideia, mas ver os dois juntos fazia-me lembrar de quando eu estava junto de Tatsuya, o que me entristecia mais ainda. Após ouvir muita insistência de Nowaki e Chiharu eu consegui convencê-los de que precisava ficar sozinho naquele momento, pois não tinha certeza se o motivo de meu sentimento de solidão iria durar um ano ou o resto de minha vida...


Capítulo 09 - O final feliz.
Muito tempo passou-se, mais precisamente um ano e, nesse período, Chiharu e Nowaki visitavam-me periodicamente no intuito de saberem se eu estava bem ou precisando de alguma coisa. Eu novamente havia me focado em meus estudos daí não saia muito, voltei a ter a minha vida de antes de conhecer Tatsuya, porém tendo-o constantemente em meus pensamentos, principalmente quando eu ia me deitar. Não adiantava o que eu fizesse naquela cama; seja trocar lençóis ou até mesmo virar o colchão para dormir, aquele aroma de rosas permanecia impregnado em minha cama, custasse o que eu fizesse, mas aquele cheiro havia se hospedado ali e não aparentava uma futura mudança...

-Sachiko-san! Tatsuya! Okaeri! – Chiharu cumprimentou ambos que voltaram vestindo suas devidas fardas de trabalho – Ual, então essas são as fardas que vocês usam para trabalhar?
-Exato! São bonitinhas e nos dão ar de superioridade! – respondeu Sachiko animada. O uniforme de ambos era branco dos quais havia várias medalhas ao esquerdo do peito deles.

Eu havia acabado de sair do banheiro, estava secando os cabelos e vestindo apenas uma calça folgada, já que não pretendia sair. Dirigi-me até meu quarto para poder completar minha vestimenta e joguei a toalha sobre a cama. Abri a porta do armário, dando de cara com a camisa de Tatsuya que desde aquele dia eu ainda não havia devolvido. Fechei bruscamente a porta e sacudi a cabeça antes que recomeçasse a lembrar-me dele.
Quando abri a porta ao lado, ouvi três vozes assustadas aparentando virem de trás de mim, virei na direção do som pude avistar um pedaço de minha parede faltando e um homem prostrado no espaço que havia formando-se. Devido à poeira, não pude ver seu rosto, apenas a farda que usava.

-Tatsuya! Portas existem para isso! – exclamou Sachiko.
-Ah! Isso ambos nunca irão aprender! – Chiharu respondeu referindo-se a Nowaki e Tatsuya.
-Oras, fiquem quietos os dois, não vêem que estão os atrapalhando? – Nowaki esperou Tatsuya acabar de entrar e repôs a parede da sala, deixando Sachiko e Chiharu curiosos.
-Você vai mesmo nos deixar curiosos, Bunko?! – resmungou Sachiko, sendo apoiada por Chiharu.
-Não sejam tão fofoqueiros!

Apenas ouvir Sachiko-san chamar aquele homem de Tatsuya já fez meus batimentos cardíacos falharem. Tatsuya por vez tirou seu chapéu e jogou o mesmo sobre a mesa de meu quarto, assim eu pude constatar que realmente era ele. O mesmo estava sério e apenas se aproximava de mim, quando, ao chegar ao fim de seus passos, ele puxou-me pela cintura, usando força igual ou maior do que das vezes passadas. Eu instantaneamente coloquei ambas as mãos sobre o peito dele e gemi baixo.

-Desculpe não poder cumprir o seu pedido, Minoru. – falou sério.
-Eu não quero que você o cumpra; você foi embora quando eu estava prestes a lhe pedir desculpas! – Minoru controlou-se para não chorar – Eu tive medo de você não voltar por conta daquele estúpido pedido... – soluçou.
-A princípio eu não voltaria mesmo, mas minha mãe obrigou-me quando minhas férias chegaram e, ao parar aqui, Chiharu e meu irmão contaram-me o que aconteceu logo depois minha partida. – limpou uma lágrima que descia dos olhos de Minoru.
-Me perdoe Tatsuya! – apertou a farda do maior – Você fez muita falta e tê-lo permitido partir sem nem ao menos pedir desculpas me deixou ainda mais triste e agoniado, me desculpe...!

Estava eu mergulhado em pranto quando Tatsuya disse que eu não precisava desculpar-me, que tudo estava bem e procurou acalmar-me com um terno sorriso, o que fez meu coração bater fortemente, como se fosse explodir em alegria a qualquer momento. O abracei fortemente, beijando-o de maneira calorosa e afobada, ele por vez retribuiu a tudo de forma terna e carinhosa, encaminhando-me para a cama da qual eu desejei o ano inteiro tirar aquele cheiro de rosas. Agora, ela estaria prestes a impregnar-se mais um pouco com o cheiro dele...
Eu não conseguia parar de chorar, o toque das mãos dele causava uma estrondosa explosão de emoções dentro de mim. Tatsuya apenas acariciava meu rosto e aconchegava o mesmo em seu peitoral que eu pude notar estava mais largo e definido; seu corpo em si estava mais trabalhado do que da última vez. No momento em que ele penetrou-me senti meu corpo estremecer e, quando se iniciou as estocadas, eu gemia e contorcia-me incessantemente, talvez pela falta do toque de Tatsuya, talvez pelo tempo em que passei sem relacionar-me com ele.
Quando chegamos a nosso ápice eu envolvi meus braços em seu pescoço e não o soltei, mantendo-o sobre mim. Fiz o mesmo com minhas pernas em relação à cintura dele, também evitando que o mesmo retirasse seu membro de dentro de mim. Eu queria que ele continuasse ali, naquela posição, onde eu podia claramente sentir o calor do corpo dele assim como sua respiração descompassada, onde seu peitoral roçava contra o meu já que minha respiração também estava alterada.

-Minoru, você não vai agüentar meu peso sobre você... – o menor escondeu seu rosto no pescoço dele.
-Eu sei, mas não me importo. – respondeu manhoso.
-Oras, não seja besta, Minoru; você não vai conseguir nem respirar se eu relaxar meu corpo sobre o seu... – sorriu por conta da reação do menor e resolveu girar na cama, deixando o mesmo sobre seu corpo e envolvendo seus braços na cintura dele.
-Chato... – permaneceu com o rosto escondido.
-Não está melhor assim?
-... – ergueu a cabeça, fitando o maior –... Senti sua falta, Tatsuya...
-Também senti a sua, Minoru... – respondeu tomando os lábios do menor num beijo calmo, porém intenso; onde, ao término deste, Minoru continuou.
-Tatsuya... – o chamou tendo as maçãs do rosto vermelhas.
-Hum?
-Você voltou mais, her... – desviou o olhar envergonhado.
-Mais...? – arqueou a sobrancelha.
-Mais... – pausou novamente –... Forte; mais gostoso... – Minoru tornou a esconder o rosto no pescoço do maior, estando desta vez encabulado e envergonhado.
-Ah, obrigado... – riu –... Mas eu não voltei só mais forte e gostoso como você acha...
-Não?
-Não... – Tatsuya virou seu rosto na direção da orelha do menor e completou sussurrando –... Eu voltei mais apaixonado também.

Ergui a cabeça surpreso, tornando a fitá-lo, ele por vez apenas sorriu e completou a frase anterior dizendo uma que eu não esperava, porém ansiava ouvir da parte dele, era uma simples frase, composta apenas por três palavras:

-Eu te amo.

Naquele momento eu não sabia o que dizer. O beijei novamente e assim, tendo um largo sorriso nos lábios respondi:

-Eu também...

 Retomamos o beijo e dali prosseguimos para mais uma dose que, como na primeira vez, duraria a tarde inteira assim como o início da noite, onde eu cairia exausto na cama e não precisaria de muito além dos braços quentes e mais fortes dele para dormir além de seu tradicional cheiro de rosas...

No dia seguinte:
-Sachiko-san, porque seus filhos têm m sutil e agradável cheiro de rosas? – perguntou Chiharu um tanto aborrecido por conta disso. Todos estavam reunidos na sala do apartamento de Minoru.
-Ah, isso até eles puxaram do pai! Ambos possuem o mesmo cheiro de rosas que o pai deles tem! – respondeu no mesmo tom aborrecido.
-E o que tem demais cheirar a rosas? Elas são tão belas! – interferiu Nowaki tendo Tatsuya a concordar.
-Sim, mas quando vocês somem, sobra para nós ficarmos tristes e sentirmos o cheiro de rosas impregnado em nossas camas! – respondeu Minoru tendo Chiharu a concordar.
-Own, tadinho... – Tatsuya abraçou ternamente Minoru, dando-lhe um beijo na bochecha. Nowaki fez o mesmo com Chiharu.
-O que importa é que todo mundo se ama, assim a história pode ter o final feliz que todo mundo gosta! – manifestou-se Sachiko, que até então estava sentada no sofá ao lado de Chiharu e Nowaki, tendo Midori sobre o colo, ostentando um largo e alegre sorriso nos lábios; enquanto que Tatsuya e Minoru estavam sentados no outro sofá – Agora todos nós podemos dizer tchau e parar de enrolar, não? – nenhum deles respondeu, pois os devidos casais estavam no momento a beijarem-se – Ei? Eu ainda estou aqui! Ei! EEEI! Ah... – Sachiko levantou-se aborrecida e Midori a seguiu latindo – Tchau, pessoal! 

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