Recomendo: This War of Mine

    Oi, gente! :)
    Pessoal, ainda ando com problemas quanto ao novo layout. Eu não sou expert nessas coisas, por isso a demora, mas estou tentando fazer o máximo possível para que ele saia logo e estou fazendo tudo sozinha. Ninguém me ofereceu ajuda e não conheço nenhuma pessoa que possa me auxiliar de graça porque o cash aqui tá baixo. Mas enfim, peço um pouco mais de paciência e compreensão, siiiim? rs

    Pois bem, hoje venho trazer mais uma recomendação, desta vez de um jogo que se chama This War of Mine. 
    Esse jogo está disponível na Steam, mas se você procurar direitinho no Google consegue achar o download hackeado. Não vou disponibiliza-lo aqui, se não estaria me queimando com o tio Google, rs.
    Mas então: This War of Mine, é um jogo recente, lançado em novembro de 2014, que começa no primeiro dia da guerra na cidade de Pogoren em uma casa abandonada onde um grupo de pessoas se refugiaram. Quem está familiarizado com The Sims, já vai pegar bem a manha desse jogo. Ele funciona assim: de dia, você controla seus personagens dentro do abrigo (os faz comer, dormir, se medicar, etc.) e durante a noite, escolhe algum lugar no mapa para ir buscar suprimentos.

    Dentro da casa você pode fazer melhorias a fim de ter mais proteção porque só um personagem pode ir explorar, os outros ficam em casa e você decide o que eles farão, se irão dormir ou vigiar. Você pode construir um fogão, melhorar suas mesas de construção para poder criar novos item como armamentos, por exemplo e poderá criar uma mesa medicinal para produzir remédios naturais e tabaco. 

    O personagem escolhido para explorar tem até as 6 da manhã, se me lembro bem, para poder retornar. Se não fizer isso, existe um grande risco dele ser assaltado ou até mesmo morto no caminho de volta, pois estará de dia e ele estará vulnerável. Ao voltar, o jogo lhe proporciona um relatório do que aconteceu. Sua casa pode ser invadida e, se for, ele mostra o que foi levado e se alguém se feriu; mostra se algum personagem adoeceu ou se se pioraram de saúde.

    Um personagem muito doente ou muito ferido, se não for tratado, morrerá, e, se isso acontecer, os demais ficarão tristes. O mesmo ocorrerá se você resolver matar alguém quando for explorar. Se eles ficarem muito tristes, entrarão em depressão, irão deixar de fazer as coisas na casa, não irão explorar à noite e poderão até deixar a casa ou se enforcar. O bagulho é tenso.
    Dependendo do local escolhido, podem haver facções. Alguns podem querer negociar com você, mas até você descobrir, já levou um tiro na cara. Eu prefiro não arriscar, mato todos na surdina, depois volto no dia seguinte e faço a limpa.
  

  No decorrer do jogo, podem aparecer pessoas pedindo abrigo e outras pedindo ajuda. Eu procuro sempre agregar e ajudar as pessoas. É sempre bom ter mais gente na casa, mesmo com a comida escassa, pois, se todos morrerem, o jogo acaba. Eles também mantém um diário contando como eram suas vidas antes da guerra começar junto com os pensamentos e desejos atuais deles.
    Os personagens possuem uma barra de vida, ou seja, eles podem morrer se forem atingidos várias - poucas - vezes como também podem voltar MUITO feridos para casa e, se não tiverem curativos, morrerão.

    O jogo é muito aleatório. A duração da guerra varia, as pessoas e a quantidade delas que estarão na casa também. O que não varia é o abrigo onde seus personagens ficam e os locais que podem ser explorados, mas nestes, as vezes se altera o tipo de público no local (se tem, se não tem, se são amigáveis ou perigosos...). Eu não posso sair falando como se joga porque, como disse, é tudo aleatório. Ao fim do jogo, eles mostram um apanhado de coisas que você fez do início ao fim e depois contam que rumo cada personagem tomou. Sobre os personagens, você pode calhar de ficar com alguns desses:

Anton: é um senhorzinho de sangue frio. Ele não fica tão triste quanto os outros quando mata alguém e até acha necessário. Ele não gosta de ajudar quem pede auxílio, é lento e não dá tanto dano no indivíduo que vai matar, levando mais tempo para isso e não serve para defender a casa de ataques. Eu acho ele bem estorvo, mas quando calha de ficar na minha party, tenho pena de matar. Na mochila dele cabem 8 itens.

Arica: eu gosto dela. Ela faz pouco barulho quando explora os locais, o que é bom, pois, se houver alguém no local, não irá escutar, a menos que esteja muito perto. Ela causa um bom dano nos adversários, mas é contra assassinatos, ou seja, fica mais triste que o Anton e gosta de ajudar as pessoas. Na sua mochila cabem 10 itens.

Boris: Borão! Grande parça. Meu preferido. Ele tem a maior mochila, é o que causa mais dano nos inimigos e o que tem mais saúde, ou seja, dificilmente adoecerá e irá se recuperar rápido de qualquer injúria. O problema é que ele é muito lento e barulhento mesmo, é absolutamente contra assassinato e absolutamente a favor de ajudar os outros além de ficar feliz/triste com mais facilidade. Na sua mochila cabem 17 itens.

Bruno: ele é O cozinheiro. Eu só coloco ele para explorar em último caso, pois ele consegue cozinhar e fazer medicamentos muito bem, saciando/curando mais os personagens e utilizando menos itens do que os demais. Ele só não esbanja muita saúde quanto o Borão, pode adoentar fácil e levar mais tempo para se curar de suas feridas, mas ele não liga para assassinatos, é totalmente contra novas pessoas no grupo e ajudar os de fora, é difícil deixar ele triste/feliz e ele não fica tão deprimido quanto aos demais quando alguém do grupo morre. Ele é bem frio e racional, mas também muito importante na economia de itens. Na sua mochila cabem 10 itens.

Cveta: ela é coração de mãe e bem inútil. Ela não sabe fazer nada bem, luta muito mal e não sabe proteger a casa. É absolutamente contra assassinado e a favor de novas pessoas no grupo e de ajudar os de fora. Ela fica triste/feliz com muita facilidade. Na sua mochila cabem 8 itens. Ela é tão inútil quanto o Anton.

Emilia: ela é uma advogada, tem uma resistência a depressão e as mesmas opiniões sobre assassinato, ajudar pessoas e capacidade de ficar feliz/triste que o Bruno tem. Na sua mochila cabem 10 itens.

Katia: ela é ótima para fazer negociações. Sempre escolha ela para negociar com o rapaz que vai ao abrigo fazer trocas. Ela não é boa para lutar, é a favor de assassinato, de ajudar pessoas e de agregar novos membros e é fácil de ficar triste/feliz. Na mochila dela cabem 12 itens.

Marin: ele é ótimo para construir e aprimorar coisas, pois gasta menos material. Eu acho que ele, o Boris e o Bruno formam a melhor party. Ele não é a favor de assassinato, de ajudar pessoas e de agregar gente nova. Ele dificilmente fica feliz/triste e quando fica triste, pode acabar brigando com outros membros, o que corre o risco dele ou de com quem ele brigou se ferir, te obrigando a gastar medicamentos para não piorar e morrer. Na mochila cabem 10 itens.

Marko: ele escava as pilhas de lixo mais rápido. É a favor de assassinato, de ajudar e de agregar pessoas, fica feliz/triste fácil. Na sua mochila cabem 15 itens.

Pavle: ele é o que corre mais rápido dentre todos e possui as mesmas opiniões de Marko. Na sua mochila cabem 12 itens.

Roman: ele luta muito bem, também é um ótimo guarda para o abrigo e, assim como Borão, é muito bom de saúde. É contra assassinato, ajudar e agregar pessoas, quase não fica triste quando alguém morre. Assim como Marin, briga com os outros quando fica triste e é difícil ficar feliz/triste. Na mochila cabem 10 itens.

Zlata: ela é relativamente importante na party, pois ela faz com que a tristeza nos demais personagens dure bem menos tempo. É absolutamente contra assassinato e absolutamente a favor de ajudar e agregar pessoas, fica feliz/triste com facilidade. Na mochila cabem 12 itens.

    No modo custom, você pode personalizar alguns personagens, podendo escolher o sexo deles como agente, psicologista, fotógrafo, policial, programador, farmacêutico e guarda florestal.


    Cada vez que você joga, uma coisa diferente acontece, mas posso dar algumas dicas importantes, ai vão elas:

-Tabaco, comida, remédios, armas e álcool são considerados moedas de troca de valores bem altos. Ou seja, você pode trocar por coisas mais simples, mas em maior quantidade ou mais valiosas. As vezes um rapaz bate na sua porta querendo trocar, vale à pena dar uma olhada, mesmo que você acabe não trocando nada;
-Se alguém lhe pedir ajuda, aceite. Alguns dias depois, eles irão retornar com alguns itens valiosos em agradecimento. Desde armas até comida e medicamento;
-Cada personagem possui algum tipo de habilidade e uma quantidade de itens que pode carregar na mochila. Eu já joguei This War duas vezes, pretendo jogar de novo e gosto muito de usar o personagem Bóris. A mochila dele é a que mais cabem itens, são 17, se me lembro bem. Ele é lento para correr, mas tem força e consegue matar as pessoas com menos golpes. É o meu favorito apesar da lentidão;
-A princípio, procure por comida e armamentos. Será extremamente necessário ter um estoque de armas e munição em casa. Tanto para poder ir armado aos locais, como para deixar o pessoal que fica em casa armado contra ataques;
-Coletes à prova de balas até que são bons, mas não te protegem com tanta eficiência. Dependendo da arma, ele só segura dois tiros, o resto vai consumindo sua barra de vida;
-Tente aprimorar as mesas de ferramentas ao máximo, elas te darão a oportunidade de fazer itens muito úteis e a melhorar a infraestrutura da casa, reforçando portas e tapando buracos evitando, assim, que ela seja invadida com mais frequência;
-As estações do ano também são aleatórias. Se você começar no inverno, já terá um aquecedor, se não, tente providenciar um o quanto antes. Se puder, até dois e os aprimore. Sem o aquecedor, seus personagens irão se resfriar e precisarão de medicamentos para se tratar, se não, eles irão piorar e morrer;
-No inverno existe a vantagem de poder pegar neve no quintal, levar para dentro e a derreter no fogão para obter água. A água é utilizada no preparo de alimentos e como item de troca;
-Tente construir um fogão logo nos primeiros dias, ele prepara várias refeições ao mesmo tempo e deixa os personagens mais saciados. Melhor do que comer a comida crua, pois assim eles ainda continuam com fome;
-Se você não tiver como se defender dentro de casa, cozinhe sua comida e deixa-a no fogão. Eles não roubam comida que já foi preparada, só a que está dentro da geladeira;
-Ouça o rádio todos os dias, gire o sintonizador para captar o noticiário local. Eles avisam como andam as coisas. Se o inverno está próximo de começar/acabar, se os locais andam mais violentos ou não e até mesmo se o jogo está próximo de terminar. Nesse caso, vem uma mensagem do tipo: "As tropas estão tentando tomar o controle da situação e avisaram que dentro de alguns dias será decretado o fim da guerra." Quando essa mensagem aparecer e você não estiver precisando de suprimentos, opte por deixar seus personagens dentro de casa, assim você não correrá riscos de algum deles morrer explorando.


Considerações finais:
    Gostei muito. Ele te mostra o outro lado da moeda. Enquanto estamos acostumados a jogar do lado dos soldados, no meio da guerra, este jogo mostra o outro lado das batalhas: mostram os civis, como eles tentam sobreviver já que não conseguiram fugir e agora são obrigados a ficar ali até o fim da guerra. 
    Você conhece o que se passa por trás dos conflitos e entende a grande dificuldade e sentido de sobrevivência ao ponto de instaurarem-se grupos de sobreviventes que matam outras pessoas para não serem roubados ou mortos.
    Criam-se milícias que tomam o poder de estabelecimentos e não permitem a entrada de outros no local. Ou você ignora aquele lugar, ou entra e mata a todos, correndo o risco de ser morto também. Além disso, mostra como as pessoas mudam os seus princípios e os seus pensamentos quando se trata de pura sobrevivência e algumas atitudes é o jogador quem toma, o fazendo entrar naquela esfera de tensão.
    Quando eu joguei pela primeira vez, que comecei a matar todo mundo, milicianos, civis e até mesmo um casal de velhinhos, pude ver que meus princípios não valeriam de nada se eu estivesse realmente naquela situação. Pude me auto conhecer mais, saber quais atitudes eu tomaria em situações de desespero e sobrevivência. Vale à pena.

    Bem, acho que já dei todas as dicas, se eu lembrar de mais alguma, atualizo aqui. Então, gente, recomendo este jogo, vocês irão gostar. Já fica ai a dica para o final de semana. rs

    Tchau para quem fica. ;*