Recomendo: filme Sucker Punch

| sexta-feira, 19 de junho de 2015

    Oi, gente! :)

    Este ainda é um post programado, pois, no dia em que sairá, eu já estarei fazendo as malas novamente, desta vez para voltar definitivo ao Rio. Acredito que ainda saiam mais uns 4 ou 5 posts programados, só para dar tempo de me organizar e colocar internet no ap. Agora vamos ao que interessa:

    Hoje trago à vocês um filme que meu padrasto me recomendou, eu assisti e achei demais. Se chama Sucker Punch, ou em português: Sucker Punch - Mundo Surreal (brasileiro adora colocar sobrenome nos filmes que não tem uma boa tradução). O filme é de 2011 e é meio forte no começo. Vou contar a sinopse, mas sem spoilers, fiquem tranquilos. rs

    O longa se passa na década de 60. A então protagonista é abusada sexualmente pelo seu padrasto com frequência. Certo dia, ela se voltou conta ele e ele ficou tipo: "Não vai deixar? Ok. Eu como sua irmã mais nova."
    A irmã mais nova não sabia do que se passava, no fim deu o maior rolo e a irmã mais nova morreu com um tiro. A protagonista, conhecida como Babydoll, é levada para um sanatório sob a acusação de ter assassinado a própria irmã. O padrasto tramita tudo, dá propina e suborna o médico e o caramba só para lobotomizar a menina.
   Para quem não sabe, lobotomia era basicamente um médico que enfiava tipo uma estaca de metal dentro do nariz do paciente ou acima da pálpebra dele para alcançar o cérebro e retirar uma parte específica, de modo que a pessoa ficasse "mansinha". Dá uma olhada na parada, para ir do nariz/olho ao cérebro, o negócio não é pequenino não.


    Essa prática era muito utilizada para tratar esquizofrenia, mas hoje em dia não é mais exercida. Todas as vezes toco no tema lobotomia, me dá um nervoso enorme e eu não consigo parar de mexer no nariz.

    Bom, durante a internação da Babydoll, ela percebe que precisa de quatro itens para fugir de lá e acaba fazendo amizade com algumas meninas na mesma situação, entre elas, a Vanessa Hudgens, a famosa "vacilona morre cedo". kk
    No sanatório, começa um mundo de fantasias, onde as pacientes são dançarinas e escravas sexuais. Elas são obrigadas a dançarem e a agradarem quem as escolhesse. Lógico que a Babydoll acaba tendo que dançar também. O grande X desse filme é que ela nunca aparece dançando. Quando ela começa, os espectadores do filme são tragados para a imaginação da jovem. Lá dentro parece até cenário de jogo de luta e missão tipo Call of Duty. Ela tem armas, passa por missões para pegar os itens que necessita para fugir junto com as amigas e, no fim, tem sempre um chefão. Essas cenas são demais, muito bem editadas, intensas, mostrando o trabalho de equipe, toda a ação e as batalhas. Vale à pena conferir. Ao fim de cada "fase", o espectador volta à realidade junto com a Babydoll que havia terminado de dançar. Ela deve dançar muito bem mesmo porque só aparece o povo de boca aberta. O comandante do sanatório, Blue Jones, fica até apaixonado pela menina então deve ser bom mesmo. kk
    O sentimento do Blue é tão doentio que ele só prejudica a Babydoll, tenta estuprar ela, tê-la só para ele, etc. Depois que o Blue descobre o que ela e as amigas estavam tentando fazer, o homem fica louco. Sai atirando em todo mundo, o lugar pega fogo e nesse meio tempo, Babydoll descobre que necessita de um quinto elemento para que tudo dê certo e também aparece a oportunidade perfeita para escapar. Na hora de fugir, ela descobre qual é o quinto elemento. Eu diria que esse elemento é o plot twist do filme, que te faz ver que tudo o que você estava assistindo não era na verdade aquilo, não era para ela.
    Eu não vou contar sobre o final, mas vou deixar uma dica sobre esse filme: não acredite no que os seus olhos vêem. rs


    Considerações finais:


    Eu não resolvi falar detalhadamente de cada personagem como fiz nos Recomendo anteriores, pois esse filme tem poucos personagens ativos. É a Babydoll, as 4 amigas, a mulher que disciplina e castiga as meninas e o Blue. O padrasto e a irmã dela apenas fazem uma ponta no começo do filme, só para dar aquele input inicial e não fazer a história começar sem pé nem cabeça. O filme também não explora muito a personalidade delas, apenas o desejo comum: fugir de lá
    O que eu gostei muito foi que, nas fantasias da Babydoll, enquanto ela dançava, cada uma das meninas tinha uma arma e uma especialidade. Uma era a que pilotava as coisas e dava cobertura, outra tinha especialidade com bombas, outra com facas/espadas (deve ser carioca essa), outra com armas de fogo e por ai vai... 
    O final é bem trágico, mas graças ao plot twist, deu uma amenizada na situação. Você fica tão surpreso com o plot twist que acaba não dando a devida atenção as tragédias no fim do filme, mas mesmo assim bate uma peninha da Babydoll, coitada... ela quis se submeter à lobotomia. Ela quis ficar "mansinha", pois assim ela não iria sofrer mais. A pessoa sem uma parte importante do cérebro, não iria mais ser como antes, não iria mais ter noção das coisas que acontecem ao seu redor. Iria simplesmente ficar em uma espécie de estado de transe e, sabendo disso, a Babydoll achou melhor ser submetida a tal procedimento. 
    Eu até entendo o pensamento dela. Ela não tinha mais ninguém, só o padrasto. O que ela iria fazer da vida caindo no mundo com uma mão na frente e outra atrás em uma época onde não haviam as mesmas facilidades que existem hoje? Ela certamente iria parar em algum bordel ou padecer na rua. Isso somado ao motivo do plot twist, no caso o quinto elemento que eu não vou contar para não estragar. rs

    Enfim, recomendo, muito bom para passar o tempo quando não tiver nada para fazer.

    Tchau para quem fica. :)

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