Oi, gente! :)
Até agora, ainda não
abandonei de novo o blog, que notícia boa. Mas agora eu venho com esse post para falar
um pouco - ou talvez muito - sobre depressão. Como eu havia comentado no post
especial de 4 aninhos do blog, eu sofro de depressão e ansiedade e disse que
iria falar das respectivas depois em outro post.
Antes de começar o assunto, gostaria de pedir desculpas pelo post gigantes. Eu me aprofundei bem no assunto e fiz um texto bem completo, de A a Z. Pois bem, neste eu vou falar sobre a depressão: o que é, causas, sintomas, tratamento, o convívio e como extra, vou falar como lido com isso e o tipo de depressão que eu tenho. Espero que apreciem e, aos que sofrem da mesma situação, sintam-se livres para me contatar. Devemos nos fortalecer contra este mal que está afetando cada vez mais a sociedade e, nos unindo, tudo se tornará mais fácil. :)
Antes de começar o assunto, gostaria de pedir desculpas pelo post gigantes. Eu me aprofundei bem no assunto e fiz um texto bem completo, de A a Z. Pois bem, neste eu vou falar sobre a depressão: o que é, causas, sintomas, tratamento, o convívio e como extra, vou falar como lido com isso e o tipo de depressão que eu tenho. Espero que apreciem e, aos que sofrem da mesma situação, sintam-se livres para me contatar. Devemos nos fortalecer contra este mal que está afetando cada vez mais a sociedade e, nos unindo, tudo se tornará mais fácil. :)
Agora, vou colocar
uma espécie de sumário aqui para facilitar as coisas:
-O que é?
-Quais são as causas?
-Fatores de risco.
-Como a sociedade
enxerga?
-Quais são os sintomas?
E o diagnóstico?
-Existem tipos distintos de
depressão?
-Depressão x Tristeza
ocasional.
-Depressão x Suicídio.
-Como é o convívio?
-Quais os tratamentos?
-O que faz melhorar e o
que faz piorar?
-Alimentos que combatem
a depressão.
-Extras:
A depressão e
eu: um relacionamento sério de quase 2 anos.
-Fontes.
O que é?
Antes de tudo, a
depressão é uma doença sim, muitas pessoas na nossa sociedade a classificam
como "frescuragem” e quase sempre esta palavra vem acompanhada de outras
do tipo: “Não passa dificuldade, tem tudo na vida, leva vida fácil. Tá com
depressão nada, isso é falta... (do que fazer, de preocupação, de rola, etc)”.
Há uma série de
evidências que mostram alterações e desequilíbrios químicos no cérebro do
indivíduo deprimido. Compare:
Depressão é um distúrbio
afetivo que combina dores físicas e sentimentos negativos, tais como:
tristeza, baixa autoestima, pessimismo,
etc.
No mundo agitado e imediatista em que vivemos, existem pessoas com depressão e que não fazem ideia disso, sendo a maioria delas do sexo feminino. Enquanto existem pessoas com essa doença e não sabem, existem também pessoas que confundem
a tristeza momentânea com a depressão, mas disso iremos comentar mais para
frente.
Quais são as causas?
As causas não são as
mesmas para todos, mas existem fatores que influenciam para o aparecimento
desta doença como, por exemplo: desemprego,
incapacidade de ultrapassar obstáculos e determinadas situações, algum trauma ou abuso, etc.
A depressão é uma doença cuja aparição pode ser causada por N motivos.
É fundamental detectar e
compreender o que desencadeou a depressão para poder trabalhar em cima disso.
Se a causa foi algum trauma: evite pensar e fazer coisas que o remetam a
lembrar da situação; algum lugar: evite ir; se for alguma pessoa: evite contato e por aí vai...
Fatores de risco:
São grupos de pessoas
que possuem uma maior probabilidade/risco de desenvolver a depressão devido a
alguns dos seguintes fatores:
>Pessoas com
episódios de depressão no passado;
>Pessoas com doenças
crônicas (hipertensão, diabetes, AIDS, etc);
>Pessoas que sofreram
a perda de alguém ou de algo muito valioso para si;
>Pessoas com
histórico familiar de depressão;
>Idosos;
>Pessoas que cuidam
ou moram com outras em estado de saúde grave;
>Mulheres (em
especial na adolescência, no primeiro ano após o parto e menopausa);
>Dependentes de
drogas e álcool;
>Pessoas com
tendência para ansiedade e pânico;
>Circunstâncias da vida que causem stress.
Como a sociedade
enxerga?
Como comentei logo no
início, muitas pessoas enxergam esta doença como uma frescura e acham que na
verdade a pessoa está é desocupada. O fato de se estar desocupado ou não, de
fato exerce uma influência sobre a doença. Como toda mentira tem um fundo de
verdade, uma pessoa sedentária tem uma probabilidade maior de desenvolver
depressão, o que não quer dizer que as pessoas mais atarefadas do mundo
estarão, automaticamente, imunes a doença.
Alguns consideram a
depressão como o mal do século, pois, em sua fase crítica, pode levar a vítima ao
suicídio. Então sim, a depressão é uma doença grave que, se não for tratada,
pode levar o paciente a óbito, assim como as demais doenças graves. O que
difere a depressão das demais doenças mortais é que não existe uma cirurgia que
vá removê-la, como um câncer ou um tumor. Não basta achar que irá se curar
apenas ministrando os remédios corretamente, é necessária toda a ajuda das
pessoas ao seu redor e, principalmente, vontade própria. Eu sei muito bem que
nesta situação, ter vontade para algo é extremamente difícil, mas basta querer.
Você não vai reconquistar toda a sua vontade e entusiasmo de um dia para o
outro, da mesma forma que um prédio não é erguido neste mesmo período.
Leva tempo para
reconquistar seu antigo jeito de ser antes da depressão aparecer, é necessário paciência e, acima de tudo, perseverança.
Quais são os sintomas? E
o diagnóstico?
Sintomas:
Vale deixar bem claro
que a depressão não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas.
Em alguns indivíduos, os
sintomas emocionais (tristeza, desânimo, etc.) se mostram mais evidentes, mas
existem casos onde os sintomas físicos é que se manifestam (dores, fadiga,
etc.). O importante é não confundir esses sentimentos com situações isoladas e
corriqueiras. Não é porque acordou se sentindo desanimado que está
com depressão, por exemplo. Essas coisas acontecem.
Ninguém se sente bem, feliz e sem dores a vida inteira. Não confunda.
Quanto mais intenso,
numeroso e duradouro forem os sintomas, pode haver uma tendência à depressão.
Quando estes sintomas começam a te atrapalhar e a diminuir sua qualidade de
vida, é hora de procurar ajuda.
Antes de qualquer coisa,
quero deixar claro que isto não é nenhum tipo de diagnóstico definitivo, mas, se você se
identifica com, pelo menos, 5 dos sintomas listados a seguir por mais de duas semanas,
você pode estar sofrendo de depressão. Não se considere doente, isso é apenas
especulação. Hoje você pode estar triste e/ou se sentindo desanimado, daí os
itens listados podem coincidir. Confira:
>Sentimentos de
desamparo e desesperança;
>Desinteresse,
desânimo, apatia;
>Sentimento de culpa,
tristeza e choro;
>Humor depressivo ou
irritabilidade, inquietude, ansiedade e angústia;
>Em casos mais graves, desejar morrer, planejar uma forma de suicídio ou até chegar as
vias de fato;
>Apetite e peso
alterados (perda ou excesso);
>Alterações no sono
(sonolência ou insônia);
>Fadiga e perda de
energia;
>Sentimentos de
inutilidade, falta de confiança, de autoestima e de incapacidade;
>Visualizar a
realidade de maneira negativa;
>Esquecimento, falta
ou dificuldade em concentrar-se;
>Preocupação com o
sentido da vida e com a morte;
>Alterações na
libido;
>Diminuição ou falta
de sentir interesse e prazer em atividades que antes lhe eram agradáveis;
>Inexplicáveis dores
musculares, de cabeça, abdominais, nas costas e enjoos;
>Auto aversão, auto
críticas duras;
>Intolerância;
>Descontrole dos
pensamentos negativos, mesmo se esforçando para controlá-los;
>Tristeza por mais de
duas semanas e todo o tempo;
>Incapacidade de
sentir ou expressar sentimentos positivos.
Você também pode acessar
este site e fazer o teste de depressão. O resultado é enviado por e-mail:
Diagnóstico:
Não existem diagnósticos específicos, mas são bem fáceis e precisos de se saber consultando um médico, pode ser um clínico geral mesmo, ele poderá identificar os sintomas e, se achar necessário, poderá encaminhar o paciente a um psiquiatra para, assim, dar início a um processo terapêutico e, caso necessário, a administrar medicamentos visando a cura gradativa da doença.
Se você está em dúvida, se pergunte agora mesmo: “Quando foi a última vez em que eu me senti feliz?”
Existem tipos de
depressões diferentes?
Sim. Ela pode ser
classificada quanto a genética, o que desencadeou a doença e a gravidade desta.
Primeiramente vamos conhecer os grupos existentes:
>Primária: quando não
se detecta a causa;
>Secundária:
promovida por perdas importantes, drogas, álcool, etc;
>Genética: quando há
histórico na família;
>Unipolar: quando não
existem sintomas maníacos;
>Bipolar: quando
existem sintomas maníacos;
>Leve ou grave: grau,
gravidade e comprometimento funcional.
Agora que conhecemos os
grupos da doença, iremos nos aprofundar em alguns tipos mais conhecidos:
>Depressão Maior
(Unipolar):
Se não for devidamente tratada, dura cerca de seis meses, normalmente. Este tipo de depressão é conhecido pela incapacidade de curtir a vida e aproveitar os prazeres das atividades que mais gosta. Quem já sofreu desse tipo uma vez, tem chances de passar por isso novamente, pois ela é um transtorno recorrente.
Se não for devidamente tratada, dura cerca de seis meses, normalmente. Este tipo de depressão é conhecido pela incapacidade de curtir a vida e aproveitar os prazeres das atividades que mais gosta. Quem já sofreu desse tipo uma vez, tem chances de passar por isso novamente, pois ela é um transtorno recorrente.
Geralmente causada por
perdas que podem ser estimáveis (pessoas queridas, imóveis, etc.) ou a
qualquer situação que seja considerada traumatizante para a pessoa. Ela é
primária e não tem a ver com situações estressantes. Seus sintomas são intensos
e por vezes até cruéis. Dentre as pessoas que sofrem deste tipo, o risco de
suicídio é alto se não for tratado. De toda população com depressão, cerca de 25% tem este tipo.
Depressão Atípica:
Esta depressão é um
subgrupo da Maior, citada acima. As pessoas que possuem este tipo de depressão
estão propensas a um nível de humor elevado diante de algum acontecimento
positivo, porém é temporário. Te faz sentir-se melhor quando pratica atividades
prazerosas ou quando vivencia coisas boas, mas é tudo muito passageiro. Além do
humor, pode existir o aumento de peso, apetite e sono, sensação de peso nos
membros e uma sensibilidade acentuada à rejeição
>Distimía (Leve):
Vem do grego e significa
“Mau humor”. Ela é voltada mais para
situações onde a pessoa se sente razoavelmente deprimida, mas duram muito
tempo, algo em torno de dois anos. Em alguns casos, pode levar muito mais tempo.
O indivíduo consegue
interagir socialmente, participar das coisas que gosta, de conversar, curtir a família, maaaas... ele não sente prazer algum com
aquilo. Ele faz apenas para manter-se par na sociedade e não destonar em seu
círculo social. Ele “atua” a todo o momento apenas para parecer um ser normal
perante a todos, fingindo interesses e outros sentimentos.
O jeito de levar a vida fica bem mais difícil e algumas pessoas acabam desenvolvendo
um quadro novo e mais grave de depressão em conjunto com a que já tem. Esta situação,
onde o indivíduo tem dois tipos distintos, é conhecido como
“depressão dupla”.
Quem sofre de distimía
acha que o sentir-se deprimido é o jeito dele de ser, uma
condição irrefutável e imudável, pois, ao contrário das demais depressões que
fazem as pessoas pararem, esta não interfere nas atividades do indivíduo, mas
o torna mais reclamão, rabugento e mau humorado. Quem procura ajuda médica,
consegue se curar deste problema mesmo que o tratamento leve anos e que o portador tenha
ignorado a situação por tanto tempo. Da população com depressão, 3% sofre desse tipo.
>Transtorno Afetivo
Sazonal (ou depressão de inverno):
Ocorre quando alguma
estação do ano promova mais dias “cinzas” (curtos, nublados, frios, etc.).
Geralmente estes dias ocorrem com mais frequência no outono e no inverno, onde
há limitação do sol.
É muito comum em pessoas
que vivem em locais frios e em jovens. Este tipo também é tratável, é feita uma
terapia utilizando a luz artificial intensa – ou fototerapia -, expondo o
paciente a mesma o que, muitas vezes, alivia os sintomas da pessoa.
>Depressão Bipolar
(ou psicose-maníaco-depressiva):
Como o próprio nome
propõe, este tipo de depressão é classificada, entre os grupos citados no
começo do tópico, como bipolar. Neste tipo, alternam-se os ciclos maníaco e depressivo. Normalmente a mudança de
ciclos é gradativa e cada ciclo pode durar várias semanas.
No
ciclo depressivo, o indivíduo apresenta os sintomas da depressão Maior. Já no
ciclo maníaco, apresenta impulsividade, hiperatividade, euforia, falta de sono
e fala rápida. Mesmo tendo estes sintomas, o tratamento é o mais ímpar dos
demais tipos de depressão. A pessoa oscila entre altos (mania) e baixos (depressão).
No
ciclo mania, a pessoa enfrenta problemas sociais, pois podem ocorrer constrangimentos
devido ao grande envolvimento em situações incertas e surreais, ou até mesmo em
aventuras românticas, o levando a atitudes precipitadas e/ou erradas.
Se este tipo de
depressão não for tratada e vir a piorar, o indivíduo pode passar a sofrer de
alucinações. Da população com depressão, 10% delas sofrem deste tipo.
>Depressão
melancólica (ou endógena):
Este tipo de depressão é
grave, pois causa um retardo ou uma agitação psicomotora absurda. A pessoa
não reage a situações agradáveis, tem perda de apetite, pensamentos negativos,
ideia de morte constante e se levanta de madrugada. O que é o grande agravante,
pois estes sintomas se afloram mais pelo período da manhã. Este tipo de
depressão é mais frequente em homens.
>Depressão pós-parto:
Este é um dos tipos de
depressão mais conhecidos. Ocorre entre 2 semanas e 1 ano após o parto.
Mulheres que já tiveram depressão antes, possuem um grande risco de desenvolver
esta após o nascimento de seu filho. O parto em si e as mudanças hormonais
ocorridos no corpo da mulher, podem gerar este tipo de depressão. Afeta 10% das
mulheres.
Dentre os sintomas, pode
haver a rejeição ao bebê como também a ansiedade de querer sempre saber se ele
está bem, sentimento de culpa, perda do bom humor, incapacidade de se divertir,
etc.
>Depressão durante a
Menopausa:
A menopausa não causa a
depressão, mas as mulheres que já tiveram esta doença antes ou possuem
histórico na família, possuem grandes chances de desenvolver a doença durante
a menopausa. As mudanças no corpo da mulher devido a essa fase da vida podem
acabar a deixando propensa para esse tipo de depressão.
Dentre os sintomas,
podemos citar fadiga e falta de energia, pensamentos de morte e suicídio,
insônia, sentimentos de culpa e inutilidade, etc.
Existe cura e tratamento. Eles são ministrados com medicamentos antidepressivos, psicoterapia
ou ambos. Uma vantagem no tratamento com antidepressivos é que as ondas de
calor podem diminuir.
Estes foram os
principais tipos de depressão. Existem outros, mas achei válido listar apenas
os que a população mais sofre para não deixar o post absurdamente grande, coisa
que, a essa altura, já está acontecendo. rs
Depressão x Tristeza
ocasional:
É muito comum uma pessoa
confundir sua tristeza, desânimo e/ou estado deprimido com a depressão em si.
Acontece que não é bem assim. Se fossemos analisar deste jeito, então 100% da
população teria depressão. Só se classifica os sentimentos negativos e a falta
de ânimo para o dia a dia quando estes pioram gradativamente e passam de duas semanas. Caso contrário, é apenas um episódio isolado. Como diria o
psiquiatra Ken Robbins: “Tristeza é uma emoção, depressão é uma doença”.
Episódios isolados de
baixo astral passam rapidamente, já quem está deprimido tende a se
sentir impotente, sem esperança e se culpam por isso. Esse sentimento de culpa
fica muito enraizado na pessoa.
A tristeza momentânea
não afeta a rotina da pessoa, mas a doença sim. Impede o ser humano de seguir
naturalmente com a sua rotina, dificulta tudo, torna as atividades uma
obrigação que só os atormenta e tudo lhe parece inútil e sem sentido de se
fazer.
Pessoas com depressão
deixam de se interessar por assuntos referentes a família e amigos, deixam-se
de importar com a própria vida e perdem o sentido de futuro, de ter prazer nas
coisas que o agradavam. É normal o ser humano se sentir triste as vezes,
afinal, como disse há alguns tópicos atrás, ninguém passa a vida inteira feliz
e satisfeito, todos nós, em momentos de nossas vidas, passamos por períodos de tristeza
e baixo astral.
Então, pessoal, não se
diagnostiquem com depressão só porque ficaram dois ou três dias melancólicos.
Deem graças a Deus, pois pessoas que sofrem de depressão como eu, devem
conviver com toda essa avalanche de sentimentos negativos e falta de vontade
para tudo o tempo inteiro, as vezes por anos, sem saber
quando realmente irá terminar, achando até que isso nunca irá acontecer.
Depressão x Suicídio:
Primeiramente, quando
uma pessoa que sofre de depressão diz algo referente ao suicídio, as demais que
não sofrem disso já logo respondem: “Pare de falar merda”, “É da boca para fora” e
algumas, na ironia divina, até incentivam “Vai lá, então. Quer ajuda?” e mal
sabem o impacto que essas palavras, mesmo sendo de brincadeira, atuam na mente
do depressivo. Quando alguém com
depressão diz que vai/quer se matar ou algo do tipo é porque a pessoa realmente
vai/pensa em fazer isso, portanto, não faça brincadeiras com isso JAMAIS. É
sério.
Quando o indivíduo com a
doença diz que quer dar um fim a vida é porque ela já está em um estado crítico, precisando urgentemente de ajuda médica e que a família e os
amigos deem uma força.
Dentre os principais
motivos de suicídio no mundo, a maioria esmagadora é por conta da depressão. A
pessoa passa a entender que, se matando, toda a infelicidade, o desespero, a
desesperança e a dor irão terminar.
Resumindo: quando o
indivíduo diz que quer tirar a própria vida, pode ser considerado um pedido de
socorro velado, um sinal de que a pessoa precisa de tratamento o quanto antes e
que ela está falando sério.
Você pode detectar os
sinais de alerta para o suicídio em uma pessoa quando ela:
>Usar sentenças como:
“As pessoas ficariam melhor sem mim” ou “Qualquer dia acabo com isto tudo.”;
>Falar em morrer ou
prejudicar a si mesmo;
>Expressar
sentimentos fortes de desespero ou de se sentir encurralado;
>Mudanças repentinas
de comportamento (de extremamente deprimido para extremamente calmo e alegre);
>Uma preocupação
incomum com a morte ou em morrer;
>Querer se despedir
de algumas pessoas;
>Comportar-se de
forma imprudente, sem apreço à vida (dirigir em velocidade alta, se meter em
situações perigosas).
Se você conhece alguém
assim, procure conversar com ela e tentar convencê-la a ir procurar ajuda
médica. Se ofereça a ir junto e dar apoio também, se possível. Para uma pessoa com depressão, ver que tem alguém ao seu lado querendo ajuda-lo
faz toda a diferença. Vai por mim.
Agora, se é você quem
tem esses pensamentos suicidas, saiba que provavelmente está com depressão e,
se já sabe disso, quero te dizer que se suicidar não é a resposta para as
coisas. Eu sei que está difícil, que tudo parece desmoronar em cima de você e
que a sensação de estar atolado em areia movediça é cruel, mas, se você
acredita em Deus, deve saber que ninguém tem o direito de tirar a vida de
ninguém, nem mesmo a própria; se você é espírita, sabe que se fizer isso, irá
sofrer muito mais e sua reencarnação não será uma coisa muito
agradável.
Se você não é nada
disso, o que vou dizer a seguir vale para todos, independentemente de Deus e de
religião: saiba que existem coisas lindas na vida que estão apenas esperando que você as descubra. Não se sinta sozinho, sempre haverá alguém para te
fazer companhia e, se você não tiver essa pessoa agora, aguarda que logo, logo
ela irá aparecer. Enquanto ela não aparece, vamos levantando o astral e
cuidando de nós mesmos para estarmos apresentáveis para quando essa pessoa
entrar em nossa vida, sim?
Eu sei que o pensamento
de suicídio te assombra, as vezes te soa muito tentador e como a única e
exclusiva solução para todo e qualquer tipo de problema. Sei que os sentimentos
são esmagadores, que as dores são chatas e por vezes cruéis, eu tenho uma que
me atormenta todos os dias e o tempo todo, inclusive agora enquanto escrevo
este post. Se alguém está passando por essa fase e está lendo isso, espero de
verdade ter ajudado em algo e, se porventura quiserem falar comigo, não se
acanhem, eis o meu contato: anabmdcarvalho@gmail.com
Você sempre será
importante e útil para alguém.
Como é o convívio?
Tem gente que diz estar
se sentindo dentro de um buraco negro, que perdem o significado da vida, como se tudo
fosse vazio, supérfluo e que vai estar na mesma de sempre: em casa, na cama,
entediado, sozinho e sendo consumido pela depressão. Eu me encontraria assim agora se
não estivesse escrevendo este post para o blog, pois em casa, na cama e sozinha
eu já estou.
Para quem tem depressão:
O convívio com a doença
é ruim, por vezes insuportável. Você diz coisas que não quer e que sabe que
vai machucar as pessoas que estarão te ouvindo e se isola do mundo.
Eu gostava muito de desenhar, as vezes ainda sinto muita vontade de pegar o
lápis e tocá-lo no papel, mas todas as vezes que me vem esse desejo, vem junto
o pensamento: “Para quê? Depois que eu terminar, não vou ter nada para fazer.
Prefiro continuar assim que no fim deu a mesma coisa.”
As tarefas passam a ser
pura e somente obrigação. Não somente trabalho e estudo, mas também a diversão.
Essa é a atividade mais cruel que existe, pois você se vê obrigado a agir por
fora de uma maneira completamente ímpar do jeito que você está por dentro
apenas para não destoar do contexto. Você não quer ir, participar, conversar, falar. Você não quer mais
ATUAR.
Atuar felicidade, interesse, indignação, entusiasmo, amor, relacionamentos interpessoais... tudo é na base da atuação. Você atua o tempo inteiro, porém sem câmeras, sem estúdio e sem ganhar por isso.
Acredito que quem prestou bem atenção em tudo que escrevi até agora e com base neste último texto, já consegue dar um palpite sobre o meu tipo de depressão. rs
Para quem convive com
uma pessoa assim:
É como gostar muito de
uma comida que vai te fazer mal. Ex.: eu amo calabresa, mas sei que se eu
comer, vai me fazer mal e eu não vou conseguir dormir de noite com fortes dores
estomacais, pois tenho extrema intolerância a esse tipo de comida e remédio
algum vai me tirar essa dor.
Passando para a vida
real: você ama a pessoa que tem depressão, seja seu amigo, seu parceiro ou seu
parente. Mas você sabe que se ficar muito tempo perto dela, uma hora ela vai
começar a te machucar, a te fazer mal e isso vai ficar gravado na sua cabeça
por um bom tempo, talvez até para sempre e “remédio” algum poderá tirar o que
ficou gravado em sua memória. Entenderam a analogia? É mais ou menos assim.
Quais os tratamentos?
O essencial para se
tratar a depressão são os medicamentos. Existem cerca de 30 tipos de
antidepressivos disponíveis no mercado. Esses medicamentos são do tipo tarja preta e adquiridos apenas com prescrição médica. Eles não são como drogas,
não provocam vício e, de um modo geral, não deixam a pessoa
entorpecida e incapacitada, e o mais importante: eles não surtem efeito de imediato, são
necessárias algumas semanas para poder sentir os resultados. Tudo é questão de esforço e
dedicação.
Algumas pessoas, mesmo
depois de curadas da depressão, continuam tomando o antidepressivo por um
período a fim de evitar o reaparecimento da doença.
Já a psicoterapia ajuda
o paciente, mas não previne o aparecimento de uma nova depressão e, dependendo
da extensão do quadro, não há cura. A psicoterapia ajuda o paciente a se
reestruturar psicologicamente, a entender melhor o que está se passando com
ele e seus conflitos, a ver a “luz no fim do túnel” e, assim, fica menos estressado e
mal-humorado. Eu frequento duas vezes na semana e
gosto muito, mesmo que eu saia de lá chorando igual a prostituta mal paga, eu
saio mais aliviada, com menos peso nas costas, pois eu pude me abrir com uma
pessoa que soube analisar e me reconfortar da maneira correta, mas veja bem:
não é porque o tratamento que eu faço funciona comigo que irá funcionar com
todo mundo. Existem casos e casos. O que dá certo para um, pode dar errado para
o outro e vice-versa.
É bom que as pessoas em
seu círculo de amizades saibam da sua condição, assim, quem quiser, vai te
ajudar e te apoiar.
Além do apoio das
pessoas próximas, dos medicamentos e das psicoterapias, fazer exercícios,
regular o sono, ter uma alimentação saudável e insistir no pensamento positivo,
mesmo se o negativo se faça presente ou não, são algumas mudanças fáceis de
se fazer e que resultam em um impacto significativo sobre a depressão. A pessoa
que sofre disso, não pode ficar parada, mesmo que esta seja a sua única vontade. Se você não “remar contra”, a correnteza vai te levar embora. Se fizer o que a sua depressão quer, vai se afundar cada vez mais. Eu
sei que é muito difícil sair fazendo atividades, ainda mais quando se quer
ficar trancado dentro de casa, mas ficar trancado te dará uma falsa
sensação de segurança e proteção, quando, na verdade, você está dando asas a sua doença.
O que faz melhorar e o
que faz piorar?
Melhorar:
>Evite álcool e
drogas: te dá um prazer momentâneo, mas depois que termina o efeito, a depressão vem com tudo para cima, se aproveitando do estado fragilizado da pessoa;
>Praticar exercícios
físicos: a prática libera substâncias que potencializam o antidepressivo do
tratamento;
>Tenha uma
alimentação saudável e alimente-se bem: comer mal, em demasia ou ficar em jejum
provoca alterações químicas no corpo que favorecem a depressão;
>Se interesse por
pequenas coisas da vida: aprecie a natureza, admire um passarinho, tome seu sorvete favorito, coma sua bala preferida... esses pequenos
prazeres da vida são maravilhosos;
>Mantenha a agenda em
dia: não deixe sua rotina de lado, mesmo que não a queira fazer. Mantenha sua agenda, faça atividades
que você gosta e que te tragam diversão, não jogue tudo para o alto, isso é
tudo o que a depressão quer que você faça. A neurologista Thais Rodrigues diz:
“Evitar a exposição, na medida do possível, a informações negativas e aumentar
as positivas ajuda muito”;
>Tenha uma boa noite
de sono: tente acertar seu horário de acordo com as suas necessidades, faça
refeições leves antes de dormir, coma alimentos que te auxiliem na luta contra a
insônia (banana, maracujá, etc.) e evite as que te deixarão acordado (cafés,
energéticos, etc.). Uma noite mal dormida só piora seu humor e quanto pior você
estiver, melhor será para a depressão se manifestar.
Piorar:
>Isolamento social:
se isolar das pessoas fará com que os pensamentos ruins se proliferem. Tente
fazer um social com as pessoas mais próximas, se elas sabem da sua condição,
irão entender sua intenção e te ajudarão;
>Automedicação: você
não sabe qual remédio antidepressivo é o ideal para o seu caso, nem a dosagem, tão pouco se deve realmente tomar isso ou não e principalmente se irá te fazer bem. Ao invés de ficar tentando se automedicar para ver se
melhora, porque não vai fazer algum exercício ou alguma coisa que te dê prazer? Garanto que será muito mais sadio do que se
automedicar;
>Sedentarismo: mente
vazia, oficina do Diabo (ou da depressão, como queiram);
>Álcool, drogas e comidas gordurosas: te fazem fugir da realidade por curto tempo e, quando é hora de voltar, as coisas só pioram, te fazendo
consumir mais para que dure mais tempo e assim se inicia o vício, que irá o
arrastar ainda mais para o fundo do poço, portanto, evite ao máximo;
>Você mesmo:
acreditar e ficar pensando que não adiantará, não dará certo e que você vai
ficar assim para sempre. Tudo isso irá te afundar ao ponto que essas mentiras que contou para si, irão se transformar em verdades, portanto, pensamento positivo. Veja a luz no fim do túnel ou ao menos a imagine que uma hora ela aparecerá;
>JAMAIS abandone seu
tratamento: essas coisas não surtem efeito imediato, são necessários tempo e
dedicação para poder ver os resultados a médio prazo. Você não começa a malhar
achando que no primeiro dia sairá de lá com o corpo de fisiculturista. Você
também sabe perfeitamente que se for tratar de um dente careado e largar o
tratamento pela metade, seu dente ficará exposto e apodrecerá muito mais
rápido. Abandonar um tratamento contra a depressão segue esse mesmo caminho da
academia e do dentista. Foi apenas outra analogia, viu? :)
Alimentos que combatem a
depressão:
>Castanha-do-pará,
nozes e amêndoas: são recomendadas 2 ou 3 castanhas-do-pará, 5 nozes e 10 a 12 amêndoas. Dá para misturá-las também;
>Frutas: melancia,
maçã, laranja, mamão, abacate, banana, limão e tangerina são ótimas frutas para
combater a depressão. Procure incorporá-las ao seu cardápio, faça uma salada de
frutas que possa conter ao menos uma delas, coma uma de sobremesa no almoço ou faça doces com elas. A imaginação é livre;
>Leite e iogurte
desnatado: ricos em cálcio, mineral que elimina tensão e depressão;
>Carnes magras e
peixes: são fontes de proteína que ajudam no combate;
>Mel: estimula a
serotonina, hormônio responsável pelo prazer e bem-estar;
>Ovos: fonte de
vitaminas do complexo B que colaboram com o bom humor;
>Aveia e centeio:
ricos em vitaminas do complexo B e E, combatem a ansiedade e a depressão;
>Carboidratos
complexos: encontrados em pães e cereais integrais (trigo, arroz, etc.),
estimulam a produção de serotonina e ajudam a reduzir as sensações de
depressão;
>Soja: rica em
magnésio, ajuda a reduzir a fadiga e combate o estresse, ainda mais quando combinada com cálcio;
>Folhas verdes:
hortaliças, espinafre, brócolis e alface são algumas folhas que possuem Folato,
uma vitamina do complexo B que reduz a prevalência de sintomas depressivos.
Extras:
A depressão e
eu: um relacionamento sério de quase 2 anos.
Não sei muito bem como
descobri ter depressão, mas os sintomas que tenho com muita frequência são:
tristeza, desânimo, sentimento de inutilidade e, principalmente, passo horas
tentando entender o sentido da vida. Quando tento esse último, não encontro
respostas que me satisfaçam, tudo parece tão vazio e sem sentindo que me pergunto
até quanto tempo irá durar. Se me encontro pensando no sentido da vida, não me
dá vontade de fazer nada, só de ficar sentada olhando para frente e fim.
Sobre o convívio social,
procuro não ficar me expondo muito, mas também não entrar em reclusão total.
Tento equilibrar os dois polos de maneira que eu destone o mínimo possível da
sociedade. Quem convive comigo sabe que as vezes falo coisas que machucam. Eu
não falo isso porque me deu "na telha", é como se me mandassem dizer. Já para isso
procuro me calar na maior parte do tempo, mas as vezes acabo soltando umas e
outras. Ainda estou tentando controlar isso.
Adoro me isolar, mas sei que isso
é uma armadilha fatal. Por mim, passaria o resto da vida reclusa sem falar nem
com meus próprios pensamentos, mas se eu fizesse isso, não teria o resto da
vida para tal, provavelmente já teria me suicidado.
Sim, eu atuo
sentimentos. Atuo principalmente estes: interesse, apreço e alegria. Posso
repetir o interesse infinitas vezes?
Nada me interessa. Não
quero saber o que pensam ou falam de mim, do fulano, do ciclano, da novela, das
notícias, da política, da religião ou o que for. Não quero saber de nada e não me importo se
falam mal do que eu gosto, seja um objeto ou uma pessoa, mas tenho que fingir
indignação também.
Não quero rir, ir, vir, conversar, me expressar e nem me abrir,
mas quero me fechar. Não é fácil ter que “remar contra”, como citei lá em cima,
mas é necessário.
Eu consigo me encaixar na sociedade, as pessoas não precisam me olhar com olhos diferentes, nem ficarem receosas ou talvez até com medo de que eu vá sair dando a louca no meio da rua do nada. Eu não sou assim.
Existe um vídeo da World Health Organization onde a depressão
é personificada como um cão preto. Me identifiquei tanto com o rapaz do vídeo,
que todas as vezes que vejo, me dá vontade de chorar. Vale a pena assistir:
Eu não sou muito fã de
samba, mas quando acordo “atacada da depressão” (ou seria o mais correto “atacada
pela depressão”?), escuto ou fico cantarolando um sambinha bem marotinho. Ela se
chama Tá Escrito e é do grupo Revelação. O trecho que eu mais repito na minha
cabeça é esse:
Erga essa cabeça, mete o
pé e vai na fé
Manda essa tristeza
embora
Basta acreditar que um
novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar
Ouçam. A letra é muito
boa mesmo. :)
Por fim, espero ter
esclarecido dúvidas e instruído mentes. Peço novamente desculpas pelo post gigantesco e
agradeço imensamente a quem chegou até aqui. Desejo a toda população com
depressão força para seguirem em frente, pois, infelizmente, a nossa estrada é
esburacada pelos nossos pensamentos e sentimentos.
Fontes:
>https://www.saiadoescuro.pt/sintomas/6.htm
>http://drauziovarella.com.br/drauzio/diagnostico-de-depressao/
>http://www.virtual.epm.br/material/tis/currbio/trab2003/g4/classificacao.htm
>http://www.minhavida.com.br/saude/temas/depressao
>http://hypescience.com/sintomas-de-depressao/
>http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas-causas-tratamento/
>http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/ministeriosaude/saude+mental/depressao.htm
>http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas-causas-tratamento/
>http://www.mdsaude.com/2012/04/o-que-e-depressao.html
>http://www.cuidadosmil.com.br/artigos/depressao-durante-a-menopausa.html
Brigada <3
ResponderExcluirDe nada! Espero ter te ajudado em algo. No momento, estou reescrevendo meu artigo, o atualizando e o deixando mais incrementado. Estou fazendo isso com a ajuda de dois psicólogos para que o artigo fique mais original e sem depender tanto das fontes já existentes no Google. Assim que o artigo estiver pronto, irei publicá-lo no blog.
ResponderExcluirSe precisar de qualquer tipo de ajuda sobre esse assunto, estarei à disposição.