Capítulo 13 - Como acordar seu mais novo namorado.
Acordei com um pequeno sorriso bobo pairando em meus lábios por conta própria enquanto que podia sentir a respiração calma de Fujo em meu pescoço, fazendo-me suspirar. Naquele momento eu estava deitado na cama dele, sendo abraçado pelo mesmo enquanto que o edredom nos cobria até a altura da cintura; seus braços me apertavam gentilmente, deixando-me colado contra seu corpo.
Ficar ali e daquele jeito me deixava muito manhoso, era muito gostoso ficar encolhido nos braços dele, sentia-me protegido. Ergui a cabeça e o fitei dormindo, era tão sereno, tão despreocupado... Arrisquei alguns beijos em seu peitoral, vendo que com aquilo eu arrancava apenas pequenos suspiros dele ainda adormecido. Passei a mordiscar a mesma região, vendo que os pelos do braço dele se eriçavam, fazendo-o entreabrir os olhos, custando um pouco para acordar. Ergui a cabeça passando a lhe mordiscar os lábios distraidamente enquanto ele esticava-se, tomando-me os lábios ao término do espreguiçar.
Até então nenhuma palavra fora dita, acho que não seria nem possível no momento, ele mal havia acordado e já estava a devorar meus lábios, escorregando a mão direita para dentro do edredom, apertando fortemente uma de minhas coxas e tornando a encaixar-se entre minhas pernas; eu por vez envolvi as mesmas na cintura dele, puxando-o levemente contra mim e Fujo de imediato respondia-me com uma estocada falsa, apenas roçando o membro no local onde iria entrar, fazendo-me gemer timidamente, o que me deixava deveras ruborizado e envergonhado, confesso.
Quando ele cessou o beijo, levou a mão direita, que até então estava em minha coxa, até meu membro, estimulando-me enquanto que encaixava a glande de seu próprio membro em mim, forçando a entrada, o que me provocava um pouco de dor até eu me acostumar, porém desta vez entrou com mais facilidade do que da última, cuja esta até chorar fizera-me, o que havia lhe cortado o coração, mas não permiti que ele parasse. Fujo fitava-me fixamente, esperando por qualquer sinal, qualquer pedido meu para parar enquanto penetrava-me lenta e gentilmente, ainda masturbando-me enquanto que eu apenas franzia o cenho, mordiscando o próprio lábio inferior. O pênis dele era muito grande, confesso também que o mesmo fizera-me delirar na noite passada após toda aquela dor inicial, afinal, eu ainda era virgem.
Aos poucos pude senti-lo mover-se dentro de mim, tirando e botando lentamente. Aquela sensação com o tempo tornara-se boa e eu gemia prontamente, lhe arranhando os ombros enquanto que ele apenas aumentava a velocidade, agora direcionando seus lábios até um de meus mamilos, mordiscando-o e contornando com a língua ávida dele, arrancando mais e mais gemidos meus.
-Fujo...
Gemi seu nome. Eu me sentia tão dele quando fazia aquilo e percebi que isso só o atiçava, portanto, eu não perdia tempo em gemer o nome dele nos momentos em que sentia mais prazer, podendo sentir o membro de mesmo pulsar e endurecer mais dentro de mim. Toquei a mão de Fujo que estimulava-me, num pedido silencioso para que este parasse, eu já não precisava mais daquele auxílio; ele, por vez, levou ambas as mãos as minhas coxas, apertando-as fortemente enquanto que puxava-me contra seu membro, tornando as estocadas mais profundas e fortes ao ponto da cama mover-se conforme o ritmo imposto por ele. Eu o arranhava mais e mais, afundando minha nuca no travesseiro sem conter meus gemidos de prazer, que eram abafados com os lábios grandes, quentes e acolhedores de Fujo, que estava quase sempre em silêncio, salvo apenas por alguns momentos em que o mesmo deixava alguns baixos, porém graves gemidos fugirem de seus lábios, fazendo-me estremecer com aquilo.
Quando eu cessava um pouco os gemidos, ele não perdoava meu pescoço, avançando no mesmo e deixando marcas roxas e fortes de chupões que, aliás, em apenas duas transas eu já tinha vários espalhados pelo meu corpo. Ele era bem possessivo.
Eu o puxava para mim com as pernas que estavam envoltas em sua cintura todas as vezes que este retirava seu membro, fazendo-o retornar sempre mais fundo e forte, aquilo o deixava louco e eu podia ver em seus olhos enegrecidos de luxúria, suas pupilas dilatadas sempre pedindo por mais e seu cenho franzido mostrando o quanto continha-se para não me ferir com uma estocada mais brutal até porque o meu corpo era muito menor e mais frágil do que o dele.
Agarrei-me aos cabelos de Fujo, gemendo o nome do mesmo repetidas vezes ao sentir-me próximo de meu ápice; ele, por vez, entendera o recado mudo e retornou a estimular-me, com um pequeno sorriso malicioso nos lábios. O que ele queria mesmo era me ver gemer feito um cãozinho no cio apenas para fazer-me sentir inferior a ele e o pior é que eu acabei cedendo, ejaculando em sua mão do jeito que o mesmo queria, podendo senti-lo, poucas estocadas depois, ejacular dentro de mim e a retirar o membro já sem vida enquanto que o esperma jorrava para fora e ele lambia sua própria mão suja pelo meu esperma.
Eu estava ofegante, porém feliz e satisfeito, Fujo estava ofegante também e deitado ao meu lado, descansando. Virei-me de lado, deitando parcialmente sobre o corpo dele, aninhando-me ali enquanto que podia sentir um dos braços do mesmo envolverem-se em minha cintura. Tornei a sorrir bobo, como quando acordei e fiquei a acariciar lhe o peitoral forte e musculoso, sussurrando baixinho, como se não quisesse que ele escutasse.
-Fujo... Eu te amo...
Olhei para cima e constatei que ele havia cochilado, contudo, não havia escutado o que eu havia falado. Dei uma risadinha, deitando a cabeça no mesmo travesseiro que ele usava, dormindo abraçado ao pescoço do mesmo com ambas as testas encostadas uma na outra, não me importando se eventualmente acordássemos tarde. Eu estava com ele e nada mais importava.
Capítulo 14 – Como chamar a atenção
Férias! Finalmente! Como aguardei pela chegada dessa danadinha. Demorou, hein? Agora eu poderia ir à empresa mais cedo, já que estaria de férias. Meus pais haviam almoçado com os de Fujo e colocado toda a conversa em dia, agora um visitava o outro esporadicamente para conversarem e coisas do tipo.
Era quarta-feira e eu estava no escritório de Fujo, vendo-o trabalhar. Ele parecia esquecer-se do mundo quando olhava para aquele monitor, pois nada o tirava daquela linha de pensamento e para mim havia virado mais uma vírgula ter que espera-lo terminar o trabalho para me dar um pouco de atenção, um beijo que fosse. E eu sabia perfeitamente quando era hora no momento em que ele retirava os óculos e esticava-se na cadeira, relaxando.
-Fujooo... Você não acha que trabalha demais?
-Algum problema?
-Por que não tira férias? Assim eu não precisaria ficar te dividindo com o trabalho... – falei manhoso.
-Não posso deixar meu trabalho nas mãos de outros. – respondeu seco.
-Nem por mim? – sentei em seu colo, perguntando com mais manha ainda.
-Não.
Ele tornou a responder seco, tirando-me de seu colo e voltando a trabalhar. Eu não fiquei irritado, sabia que ele iria me dar uma resposta do tipo. Bufei entediado e carente de atenção, chegando perto dele como quem não quer nada. Rocei os lábios em seu pescoço, recebendo um esquivo como resposta; então lhe mordisquei o lóbulo e ele suspirou impaciente. Eu estava o atrapalhando e era realmente isso que eu queria fazer, mas bastou apenas lhe mordiscar o queixo para que Fujo me fitasse, franzindo o cenho irritadiço.
-Pare com isso, não vê que estou trabalhando?
E voltou a olhar para aquele maldito monitor. Eu ainda não havia me dado por vencido. Pensei um pouco: o que poderia realmente tirá-lo a atenção...? Ah! Ótima ideia! Levantei da cadeira e fui para debaixo da mesa, ela era de madeira tabaco e tinha uma enorme tábua no meio que não permitia ver as pernas. Encolhi-me naquele pequeno espaço sem que ele percebesse e posicionei-me entre as pernas dele, deixando que o mesmo percebesse minha presença apenas quando eu já estava acariciando o membro dele sobre a calça, pegando-o de surpresa.
-O-o que está fazendo, garoto?
-Apenas tentando ter um pouco de atenção...
Respondi já abrindo lhe a calça e puxando o membro dele para fora das vestes. Confesso que fiquei com água na boca quando vi o pênis de Fujo semiereto, fazendo-me lamber os lábios sem que eu mesmo percebesse. Juro que não me reconheci quando comecei a lamber o membro dele. Minha face estava extremamente corada e eu esfregava o membro dele em meu rosto de maneira lenta, porém com vontade naquilo, dando grandes e gostosas lambidas que iam do escroto até a glande, sugando a última por fim. Ele levava a mão até minha nuca, emitindo alguns gemidos baixos com medo de que alguém escutasse do lado de fora enquanto que puxava minha cabeça contra seu membro, num pedido silencioso para que eu o colocasse na boca de uma vez, mas eu estava gostando e muito de provoca-lo. ♥
-Ahhh, Fujo... É tão grande e delicioso...
Ele estremeceu excitado com o que eu disse. Seu membro estava já bastante duro e pulsante, algo que podia ser observado sem dificuldade alguma. Quando eu finalmente resolvi acabar com toda aquela ‘tortura’, colocando o membro dele dentro da boca de modo que meus lábios estreitassem a passagem do membro de Fujo, a porta recebeu duas batidas rápidas antes do pai dele entrar trazendo dois outros homens de outras empresas.
-Fujo, meu filho! Quero que conheça o presidente das empresas que te falei para fechar o contrato!
-A-ahh... S-sim, presidente. E-eu já estou... – pausou – indo.
-Ora, já que estamos todos aqui, para quê ir a outro lugar, certo?
-M-mas...
-Vamos, entrem.
Eu olhei para o rosto de Fujo e o mesmo tentava manter o semblante habitual, porém uma singela gota de suor escorria pelo canto de seu rosto e seu cenho estava controlando-se para não franzir demais.
-Está com calor, Fujo?
-Ãhn? A-ah, sim, sim.
-Está bem, meu filho?
-A-apenas um pouco gripado!
Ele quase gritou a última palavra, pois fora no momento em que eu havia lhe sugado o membro forte o suficiente para poder sentir este espirrar um pequeno jato de esperma em minha boca, fazendo-me engasgar. Quando ele percebeu o que havia feito, olhou para baixo me vendo com as mãos na boca tentando tossir sem fazer barulho, o que o desesperou mais ainda. Os outros três homens entreolharam-se desconfiados sem saber o que estava acontecendo.
-Perdoem-me, senhores, mas de fato não posso atendê-los agora, estou numa... Conferência com o Canadá e não posso interromper no momento.
Ele tornou a olhar para mim rapidamente e eu fiz um ok com uma das mãos, mostrando que eu já havia me recuperado, voltando atenção aos senhores ali na sala.
-Ah, sim. Meu filho só sabe trabalhar, senhores – ele sorriu orgulhoso – vamos deixa-lo terminar o que está fazendo, mas irá almoçar conosco, correto?
-Certamente.
Quando todos os três foram embora Fujo então me deu o sinal de que poderia sair. Eu rapidamente o obedeci, agora tossindo sem privar-me do som.
-Tranque a porta.
Ele ordenou enquanto massageava as têmporas, eu prontamente fiz o que ele havia falado sem conter uma risada com o modo que ele havia relaxado na cadeira, acusando-o de estar muito tenso quando seu pai e os demais haviam entrado.
-Está vendo? Quem mandou não me dar atenção? – sorri vitorioso, provocando-o enquanto que o mesmo fitava-me de cara amarrada.
-Você ainda não terminou o serviço.
Aproximei-me dele novamente, vendo que o membro do mesmo permanecia ereto, mesmo depois do que havia acontecido. Tornei a sorrir, desta vez de maneira maliciosa enquanto que me ajoelhava novamente entre as pernas dele, segurando-lhe o membro com a mão destra e roçando a bochecha ali com certa força, vendo-o apertar levemente os braços da cadeira.
-Será um prazer, meu amor. ♥
Capítulo 15 – A descoberta
Faltava uma semana para o Natal e sentia ser impossível estar mais feliz do que já estou, tudo estava indo tão bem, Fujo estava me dando mais atenção depois do que eu havia aprontado e ele mandava até uma limusine me levar para casa! Mas nos finais de semana eu não admitia ir a outro lugar que não fosse a casa dele, dormir com o mesmo. Eu já havia me acostumado a dormir ao lado dele e, durante a semana, era muito ruim ter que dormir sozinho em meu quarto, sem o mesmo. Era segunda-feira e eu havia acordado tarde, almoçado tarde e saído tarde. O que as férias não fazem conosco, é.
Ainda estava sonolento quando fui cumprimentado pela recepcionista da empresa, aquela quem me paparicava o tempo todo. Desta vez ela estava com um sorriso preocupado nos lábios quando me viu entrar, dar um ‘boa tarde’ e ir para a porta do elevador, esperar o mesmo.
-Ayako-chan!
-O que foi? Lisa-san?
-Você vai ver Fujo Daiki-sama, não é?
-Sim, por quê?
-Ah, nada é que, bem... Melhor esperar um pouco, sabe...
-Por quê? Ele ainda não chegou?
-Sim, chegou. Mas ele está com visita e pediu que não o perturbassem... Ninguém, o perturbasse...
-Como assim? Que visita é essa? – perguntei já desconfiado.
-A-ah... É o irmão mais novo dele, mas...
-Ah, é só o Akio-kun! Não há problemas Lisa-san!
-M-mas... Ayako-chan!
Corri até o primeiro elevador oportuno que aparecera, deixando-a falando sozinha, era só Akio-kun. Nada demais. Esperei o elevador deixar-me no último andar e, quando a porta do mesmo abrira, encontrei Daiki-san e os dois senhores da última vez, ambos despedindo-se e cumprimentando-me com um sorriso quando entraram no elevador e eu sai.
-Ah, olá Ayako-chan!
-Olá, Daiki-san.
-Já pedi para me chamar apenas de Fumiko, certo?
-Ah, sim... Fumiko-san.
-Ah, menos mal agora, correto? – esboçou um sorriso de aprovação.
-Hai, hai...
-Ayako-chan, eu gostaria de perguntar-lhe algo que anda me inquietando ultimamente...
-O-o quê? – gelei.
-Você não acha estranho o modo como Akio age com Fujo? – perguntou levando a mão ao queixo.
-A-ah... – suspirei aliviado – Bem... Deve ser cisma de irmão mais novo, não sei bem, sou filho único, mas acho que deve passar quando Akio-kun crescer mais ...
-Ah, sim. Tem razão. Foi uma bobagem minha o que pensei, então. Realmente faz sentido.
Ele riu aliviado, como se eu tivesse tirado um pedregulho chamado “preocupação” da cabeça dele. Que estranho. O que ele deveria ter pensado sobre Akio-kun? Achei melhor dar de ombros. Daiki-san despediu-se de mim e eu o esperei até entrar no próximo elevador para então ir ao escritório de Fujo, dando duas batidas na porta já com um sorriso bobo nos lábios em pensar que ele estaria com a cara colada no monitor, trabalhando.
Quando entrei já chamando seu nome alegremente, arregalei os olhos e desfiz numa fração de segundo o sorriso que ostentava com a cena que vi.
-Fujo... Por quê? Por que você faz isso comigo? Eu tenho certeza de que ninguém irá te amar como eu te amo. Certeza...!
Era a voz de Akio-kun. O mesmo estava sentado no colo de Fujo, de frente para o mesmo, segurando-lhe o rosto com ambas as mãos. Já Fujo estava com a camisa desabotoada e o fitava com aquele mesmo semblante inexpressivo de sempre, como se não desse a mínima ao seu irmão mais novo que estava ali dizendo com todas as letras que o amava e que ainda não havia percebido a minha presença. Mas Fujo havia. Afinal, ele estava de frente para a porta e, quando seus olhos encontraram-se com os meus brevemente, o vi cerrar as sobrancelhas, fechando a cara. Akio-kun, por vez, percebera que havia mais alguém ali com o silencio do irmão. O que significava que provavelmente eles estavam conversando.
Akio-kun saiu de cima do irmão, ajeitando as próprias roupas e limpando os olhos, daí pude perceber que ele estava chorando e que Fujo estava com o terno fora do lugar, a gravata desfeita e uma pequena marca roxa no pescoço, provavelmente feita pelos lábios do irmão. Akio-kun virou-se, olhando brevemente quem estava ali na porta e então disparou até a mesma. Eu rapidamente dei passagem e ele saiu correndo dali, sem dizer nada.
Olhei para Fujo e o mesmo olhava para mim, apoiando o cotovelo no braço da cadeira e a bochecha no punho, cruzando as pernas.
-Chegou mais tarde hoje.
-É que fui d-dormir tarde.
Ele perguntou como se ninguém estivesse, segundos atrás, em cima dele e eu respondi incrédulo enquanto o via refazer o nó da gravata, ajeitando os botões da camisa em seguida. Sentei-me na cadeira destinada as visitas, desta vez sem puxá-la para o lado dele. Fiquei olhando para os meus próprios pés sem saber o que fazer nem dizer. Ele estava em paz, calmo. Quando terminou de ajeitar-se e esconder aquela mancha roxa com a gola da camisa, voltou a dar atenção ao monitor, recomeçando de onde havia parado enquanto que pude ouvir um suspiro desanimado vindo dele. Aquela situação parecia ser apenas mais uma vírgula na vida dele. Uma vírgula pesada e que ele parecia carregar há bastante tempo sozinho, apenas entre ele e seu irmão. Uma vírgula que, pela reação dele, não o agradava muito.